quinta-feira, 25 de agosto de 2011

1º capítulo

     "... e então eu acordei.", disse o menino.
     Gorgor'oth era o típico mercenário adolescente. Tinha um corpo bem desenvolvido pelos treinos rigorosos dos mercenários. A pele clara, apesar dos treinos e trabalhos braçais em exposição ao sol. Como todos os outros, tinha cabelos negros, que combinavam com seus olhos castanhos intensos, profundos. Todas as garotas do povoado desejavam Gorgor'oth, enquanto os garotos tinham inveja do jovem Oth.
    O garoto vinha pensando em várias meninas do vilarejo, tentando encaixar alguma em seu sonho, quando foi arrastado de volta à realidade por seu pai.
   "Bem, todos nossos sonhos tem algum significado, mas... esse não tem sentido algum! Teremos que falar com o kagema."
     "Mas pai! Foi só um sonho!"
    "Vejo que você não aprendeu nada! Todos os sonhos do nosso povo, sem exceção, tem algum significado!", disse Sepir'oth, o kage da família, dando a "reunião" por encerrada.
    Gorgor'oth sentiu-se desanimado. Ele vinha sonhando com isso haviam vários ciclos lunares, não poderiam ser simples sonhos com um significado futuro em sua vida. Aquilo era diferente. Parecia tão... real.
     Mal sabia ele que, a alguns dias de cavalgada dali, havia alguém que vinha sonhando a mesma coisa.
. . .

     Shasta'kun já vestia sua armadura de caça, enquanto falava com sua mãe, a líder bélica das Kun'Ai, e com sua irmã sobre seu sonho.
     "... logo depois disso, eu beijei o garoto! Depois do beijo, nos afastamos e olhei em seus olhos. Eram belos olhos castanhos, que combinavam com seus cabelos negros, ambos contrastados pela pele clara... ele era lindo!"
    O relato foi cortado por um tapa. Não forte, firme. Era um tapa disciplinar. Shasta'kun, com o rosto vermelho e ardido, tinha entendido o motivo do tapa. Gostar de garotos era proibido.
     A pele morena (devido à exposição ao sol do deserto), macia e bem cuidada de Shasta'kun estava agora machucada. Se não fosse por isso, ela seria objeto de desejo dos homens mundo afora, como muitas Kun'Ai mais novas.
      A garota também tinha, por debaixo das armaduras e roupas, músculos até que bem desenvolvidos para uma garota, mas isso era comum entre as Kun'Ai, já que elas tinham que caçar para suas famílias todos os dias, além de treinar exaustivamente durante a noite, para só então ir para casa fazer a refeição e descansar.
     "Pegue suas coisas e vamos logo! Já estamos atrasadas.", disse Rudra'kun, a irmã, dando a conversa por encerrada.
     Shasta'kun não sabia, mas o menino realmente existia, a apenas um ciclo solar e meio a sudoeste.

Um comentário:

Lu disse...

Pedro, meu querido primo "come-livros"!
Parabéns pela iniciativa... teu blog está maravilhoso e tua história ótima! Podes ficar tranquilo que seguirei essa narrativa atentamente!
Não sei se viste que Rick Riordan lançou "O Herói perdido", uma sequência do nosso amigo Percy?!?! E os dez volumes da coleção "The 39 clues", já leste?!? O primeiro livro, "O labirinto dos ossos", é dele, também! hehehe
Beijão da tua prima "cheiradora de livros"!