quinta-feira, 20 de outubro de 2011

2º capítulo

     Gorgor'oth estava a caminho da cabana do kagema, ou líder-rei, para o pessoal de fora da vila. Ele já havia esquecido o que acontecera no sonho, mas sua sorte era que todos mantinham diários de sonhos, onde todos os ocorridos nos sonhos, sem exceção, deveriam ser relatados, e Gorgor'oth não era diferente. Durante um ciclo lunar, ele transcreveu o mesmo sonho, cada vez com mais detalhes. Depois disso, durante três ciclos lunares, ele simplesmente indicava que o sonho vinha sendo o mesmo. O jovem mercenário viu o longo período que vinha tendo o sonho, e não parecia algo bom.
     Ao chegar na cabana do kagema, Gorgor'oth prestou suas homenagens à família do líder, em especial ao filho e herdeiro do mais alto cargo da vila, para só então dirigir sua palavra ao kagema.
     "Senhor, grande protetor desta vila e de seus habitantes, fruto de nossa prosperidade! Sepir'oth, kage de minha família, conselheiro de vossa liderança, enviou-me aqui por conta de um sonho que incomoda minha família há muitos ciclos lunares."
     "Pois bem, meu jovem, relate o que incomoda tua família.", disse o kagema, exaltando a todos os presentes. O kagema somente direcionava sua palavra aos que fossem realmente dignos da mesma. Com o jovem Gorgor'oth não podia ser diferente, mas mesmo assim começou seu relato.
     "Então, meu senhor, aqui vai o relato," Gorgor'oth limpou a garganta e leu, em uma voz grave e firme, que parecia não pertencer a ele "O sonho começa sempre com uma guerreira Kun'Ai, conhecidas por sua beleza sobrehumana, me puxando para longe de um campo aberto, ao que se vê o castelo do reino de Solem ao longe. Ela segue me puxando para uma floresta. Dentro da floresta, ela me joga em uma árvore e me beija. No momento em que ela se afasta, o sonho acaba."
    Um dos presentes conselheiros aproximou-se do kagema e lhe falou ao ouvido. O líder-rei simplesmente balançava a cabeça, em respostas afirmativas e negativas. Por fim, acenou para que o conselheiro se afastasse e ergueu-se de um movimento bastante ágil para seu um metro e noventa, com um corpo extremamente forte e pesado.
     "Gorgor'oth, eu e meu conselheio presente, Abdul Kam'ui, chegamos a um consenso. Você deverá se mante longe o suficiente das guerreiras Kun'Ai, seja em paz ou em guerra, para que não te sintas atraído. Agora, vá para tua cabana e descanse, meu jovem. Seu sonho pode significar algo que está além do conhecimento de todos aqui presentes."
     Dito isso, Gorgor'oth saiu da cabana e correu paa o estábulo. Ele sentia que deveria ir até as terras de caça sozinho.

Um comentário:

Lu disse...

Olá, meu querido! Quando a história será retomada?!?! Continuo acompanhando...
Beijos! :D